Desarmamento Nacional

Segunda feira, dia 03 de Outubro de 2005, aconteceu um debate, na Loja Maçônica Profeta Issa, a respeito da comercialização de armas no país, e sua proibição já em vigor, e o referendo que esta legislação será submetida na próxima votação em todo território nacional. O Pr. Jônatas David, representando a Igreja Batista Central, esteve, com outras autoridades municipais e regionais, presente e à mesa diretora, opinando, para então o plenário se manifestar com informações, comentários ou perguntas.

Na oportunidade, o pr. Jônatas David, elogiando a oportunidade, inclusive de estar numa mesa tão seleta, afirmou que a pesar de se ser necessário algumas considerações, como (1)estatísticas anteriores e posteriores à lei de desarmamento no país, (2)o número de vidas que a arma tem salvo e o número que tem levado a morrer, semelhante ao que acontece com a preocupação com o cinto de segurança, que já matou muita gente, mas tem salvo muito mais, (3)a opinião de homens muito sérios, inteligentes e conhecedores da vida judiciária, (4)as mudanças sociais que já são de fáceis percepção, e aquelas que já se demonstram vir no futuro imediato, (5)que a iniciativa de desarmamento não inibe que outras iniciativas virão no sentido de se somar contra a violência... alguns princípios bíblicos, verdades bíblicas, semelhantes à questão do aborto, que mesmo que pareça que é fora de época defender a vida, como faz a Igreja Católica, ainda assim, por ser uma verdade bíblica, ela insiste, contra tudo e todos, naquilo que é uma verdade acima de qualquer circunstância.

O primeiro princípio anotado, é o de que um erro não justifica nenhum outro erro. A estrutura política e de segurança que temos, não justifica mantermo-nos no erro, nos defendendo com armas; a bandidagem estar muito bem armada, não justifica nenhum erro de nossa parte, a falta de visão dos governantes quanto à segurança pública, a deficiência em outras áreas sociais, a existência de outros tipos de violência, não justifica, em nada, erros que venhamos cometer com o porte de uma arma.

O segundo princípio anotado, é o de que uma abismo, necessariamente atrai outros muitos abismos; a violência provoca e alimenta a violência; armas inspiram violência “justa” ou “injusta”.

O Pr. Jônatas David, concordou com muitas opiniões a favor da paz, da não proliferação da violência, como lembrou a Secretária Municipal de Educação, a Sra. Gine Alberta; com o Promotor de Justiça, o Dr. Gilberto, de que armas tem matado mais inocentes que bandidos; com o Tenente França da Polícia Militar, de que a grande maioria de armas que estão com os bandidos estão vindo das mãos de gente de bem que um dia registrou devidamente, e com outras pessoas mais. Mas resumiu sua fala, com algo que ouviu do Padre José, que estava ao seu lado, à mesa, de que não se trata de uma questão técnica, mas muito ética.