Imprensa contra o Conselho Federal de Imprensa

E-Mail:

(e-mail à Revista IstoÉ, em 16 de Agosto de 2004)

Sou leitor da revista Isto é

minha esposa, deixou de fazer sua assinatura da VEJA porque eu estava cansado de não acreditar naquilo que estava escrito por ali.

sempre acreditei no que esta revista escreveu, fazendo as devidas considerações de um momento ou outro, quando exageros jornalísticos ou falhas propositais, na busca de fazer furos jornalísticos para chegar ao alvo que tanto almeja, e que qualquer um teria, o de ser a a mais lida, e a de maior credibilidade.

confesso que estou repensando sobre o assunto, pois o empenho deste veículo de comunicação, em reprovar a existencia do Conselho Federal de Jornalismo, e o pior, mostrar que é algo totalmente contrário à democracia, só porque fere interesses da classe; forçar a barra para demonstrar que os interessados no assunto, estão promovendo meios de calar a imprensa; isso pra mim é muito grave.

estou começando a acreditar que a imprensa quer limitar a ação de todo mundo, de acordo com sua visão e interesses, principalmente quando os proprietários das empresas se beneficiam politicamente ou economicamente do que está acontecendo; mas não está disposta a ter seus limites.

Democracia, para ser real, precisa que todos tenham liberdade, mas tenham limites, responsabilidades. O desejo da imprensa em não ter estes limites, ser toda poderosa, com a afirmativa que o povo sabe escolher e punir os defeitos e erros, é perigoso, pra todo mundo.

é uma pena que seja assim. já sei o que fazer com a correspondência que esta revista enviou para minha esposa, pedindo que faça nova assinatura da revista.

Pr. Jônatas David

Teixeira de Freitas BA, Agosto de 2004

01 de Novembro de 2004 = já se vão uns dois dias que a Revista IstoÉ está tentando renovar a assinatura de minha esposa, sem nenhum sucesso. Agora a tarde, atendi um telefonema, me dizendo que a renovação foi automática e que eu teria que suportar a revista por mais um ano. Informei que não me interessava uma semana a mais, nem de graça, e que eu tomaria as providências para que o dinheiro lesado, fosse imediatamente devolvido, pois não tenho a obrigação de passar por este vexame, mais tempo.

03 de Novembro de 2004 = a Revista IstoÉ voltou ao ataque, desta feita, procurou minha esposa em seu trabalho, via telefone, me desmentiu, dizendo que não me chantageou, insistiu que ela renovasse a assinatura, disse que eu fui deseducado com ela, e incentivou insistentemente para que minha esposa me desobedecesse, renovando a assinatura, já que eu estava contrário e que ela pagava com o dinheiro dela. Que tal? A que ponto estamos. Minha esposa disse que não voltassem a telefonar, pois da próxima vez, ela seria deselegante, e que mais ainda, não iria nunca mais fazer assinatura daquela editora.

07 de Fevereiro de 2005 = vocês acreditam que, a pesar da assinatura de minha esposa já está vencida, desde o início de Dezembro, ela continua recebendo a revista. De lá para cá, vários telefonemas insistindo, perguntando o motivo do rompimento e tudo mais. Fato é que a imprensa brasileira está isto aí, ou está “Istoé” esta calamidade. Não quero pagar para escreverem o que querem. Minha esposa, no último telefonema disse que não apoiava a linha editorial atual, eles disseram que é assim mesmo, cada jornalista tem seu jeito de escrever, e que isto não era motivo para romper com a revista. É claro que é motivo para romper com a revista. Jornalista não tem que ter liberdade ilimitada para escrever qualquer coisa e eu ter que pagar a ele para isto. (acabei de enviar todo o conteúdo referente a este tema para a redação da revista... é muito provável que dêem a mesma atenção que o primeiro e-mail)

07 de Março de 2005 = meus amigos, até a semana passada, a revista esteve chegando em meu endereço, até agora, a desta semana, ainda não chegou; no final da semana passada, minha esposa recebeu a visita de uma comitiva para questionar e negociar a continuação da assinatura dela; chegaram ao ponto de oferecer um preço abaixo de cinqüenta por cento, com mais a revista Dinheiro, ou outra do ramo, para que ela continuasse. Sem comentários, estou apenas dizendo a que ponto chegou tudo.

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