Meu Petismo Lulista

Resposta

(novembro de 2004)

Me perguntam do meu petismo, do meu lulismo e do meu anti-imprensa bandida.

Sou petista. Ainda não sou de carteirinha. Mas sou petista. Não sou Lulista ou outro personagem qualquer, sou apenas petista. Nunca fui da direita, mesmo nos idos da Arena e do PDS. Militei, dentro de minhas limitações, no MDB, ao lado de Ulisses Guimarães, em quem votei para presidente da República no primeiro turno. Em 1984, nunca esqueci, alguém me disse, quando reclamei do isolacionismo do PT, “não temos pressa, cremos que a cada eleição estamos conscientizando o povo”, e estavam, e eu, no segundo turno, tive que dar ouvidos ao PT, em quem votei e em quem nunca mais deixei de votar para qualquer tipo de cargo eletivo. Sou petista, ainda sem carteirinha, mas sou petista.

Uma dádiva que sempre admirei, e passei a defender, é o de não ter anseio de estar no governo, em cargos ou em favores dele. Votava no que deveria, mas sem a troca de buscar favores. Em todos os governos foi assim, mas com Itamar Franco, foi mais evidente. Todo apoio para que pudesse governar com tranqüilidade, sem no entanto, ter que participar, junto com outros partidos fisiologistas, da situação. Quando Erundina se apresentou para um cargo, em nome do partido, teve que ser deixada, pois estava fora da orientação partidária. Não me esqueço de ter ouvido, entre as poucas palavras do deputado João Alves, pela tv, afirmar a um questionador, na CPI dos Anões do Orçamento, “todos vocês vinham ao meu gabinete para buscar favores, somente os pessoal do PT esteve isento disso”.

Como disse aquele meu amigo, devagar, depois de algumas derrotas, sempre de cabeça em pé, sem ter que lançar mão de tudo que os concorrentes lançaram para ganhar ou para não perder tais eleições, chegaram ao poder. A esperança venceu o medo. Regina Duarte foi a grande protagonista desta verdade, conduzindo o povo ao medo. Estão no poder. O primeiro ano foi o ano da derruba das paredes da casa velha e viciada que estávamos. O segundo ano está sendo de soerguimento das paredes. O terceiro ano será aquele de desfrutarmos da casa, porém, ela, ainda sem o devido acabamento. O quarto ano o do verdadeiro crescimento nacional, o suficiente para o povo ver que valeu a pena ter colocado um partido sério, com programas voltados para as necessidades do povo. O Partido será re-eleito, sem necessidade de tudo que Fernando Henrique fez para voltar à presidência, no Congresso, pelo país inteiro e na campanha de difamação, principalmente com aqueles cinco dedos estendidos demonstrando suas prioridades, lembrando que seu opositor era trabalhador, operário, e por isso, só tinha quatro dedos.

Desde tempos antigos, e hoje muito mais, a grande preocupação da imprensa corrupta, é a de colocar os políticos do PT no mesmo patamar de respeito que seu proprietários têm, como políticos que são. O interesse é demonstrar que todos são iguais. Seus donos ganharam a concessão sendo pilantras no congresso, mantiveram-se políticos e no poder, com as pilantragens mil que sempre foram capazes de criar. A imprensa, mal acreditada pelo povo, tem sempre a necessidade de mostrar que não há diferença entre os políticos. Todos os partidos têm bandidos aos bandos, ninguém fica sabendo o partido deles, mas quando um nome do PT, pode ser até um amigo de algum político do partido, está, somente, em suspeita, a notícia corre como uma verdade sempre com o nome da agremiação em foco. Se por acaso, for provado que, como na maioria das vezes, a boataria foi infundada, um cantinho de página, talvez, é usado para informar, sem que seja preciso limpar o nome do partido.

A imprensa bandida, agora, está na carência de forçar um julgamento, do povo, ao presidente da República, pelas últimas eleições. Querem por querem, que todo mundo acredite que ele saiu manchado, derrotado, julgado em falha, pelo povo, diante das urnas. Desde antes, já insistiam que assim seria. Para tanto, neste “posteriore”, usam as informações do jeito que querem, afirmando tudo que querem, numa manipulação desenfreada e ensurdecedora.

Assim, esquecem não, escondem, que PT no poder é diferente do PSDB, que inchou, atraindo gente de dos mais variados partidos, oferecendo todos os privilégios e “condições”. Tornou-se moda sair do partido para ir ficar em apoio ao presidente Fernando Henrique, principalmente no auge de sua popularidade. Com o PT foi diferente, não houve esta atração para si, mas houve incentivo para que se crescesse o PTB, o PL e outros tantos de apoio ao governo atual. Assim, o partido continuou com seus tantos, nomes, pelas cidades e Estados, sem tanta publicidade. É só ver os candidatos que concorreram e deram trabalho por aí, são pessoa desconhecidas, contra poderosos economicamente e de mídia elevada.

Assim, esquecem não, escondem, que em São Paulo, capital dos nordestinos, e eu sou nordestino, só Maluf foi re-eleito e elegeu dos seus. O PT tentou quebrar esta história, deu trabalho, mas não conseguiu. Nordestino é nordestino, dessa vez, Maluf não foi, porque não interessava à imprensa bandida, que ele fosse, então bombardeou a lembrança dos seus, com tudo que se ouviu na época, a respeito dele.

Assim, esquecem não, escondem, que mesmo com os mesmos de sempre, sem expressão pelas cidades, o PT cresceu exageradamente. O número de prefeituras conquistadas, foi grande. O número de capitais foi enorme, a pesar de nomes desconhecidos estarem na disputa, pela partido, contra nomes conhecidíssimos.

Assim, esquecem não, escondem, que cresceu nas capitais, indo à segundo turno na grande maioria delas. O partido sempre foi forte nas capitais, mas não elegia seus candidatos. Com os mesmos nomes de sempre, sem medalhões de cada estado compondo seus quadros, o partido foi a segundo turno em quase todas elas, dando muito trabalho ao poder econômico de cada lugar.

Assim, esquecem não, escondem, que muita gente vota nos nomes do partido, mas a esmagadora maioria vota na legenda. É o único partido que elege gente, mesmo sem ninguém saber de quem se trata. Confiam no programa e na seriedade que todos os participantes têm, diante da causa pública.

Assim, esquecem não, escondem, que pelas pesquisas, o governo e o presidente estão bem avaliados, a pesar das eleições. Semanas antes das eleições, a resposta do povo foi de melhoria nesta avaliação. O povo acredita no governante que tem, acredita em seus propósitos. Acredita no que ele pode fazer, ainda mais, pelo país.

Por último, esquecem não, escondem, que lisura e verdadeiro cuidado com seus princípios, estão fazendo o Brasil ser outro em todos os sentidos. Salve o Brasil. Salve Luís Inácio Lula da Silva, presidente da Republica Federativa do Brasil.