Mais uma vez chegou a hora, o momento que sempre chega de o atual se materializar-se, de o passado registrar-se, e o futuro ser expectativa. Chegou a hora, o momento de se reverenciar o que sempre foi, o que sempre será, o que sempre "se repete". A História é, o fascínio de sua brandura, de sua fatalidade sempre previsível, de sua largura muito abrangente, capaz de levar todos, notadamente, do mesmo jeito que sempre levou tantos outros por ela escolhidos. Ela vem, ela passa, ela segue em frente, o tempo todo, concumitantemente para uns e para outros, para todos. Ela é uma poesia sem fim, com um começo não conhecido, ou sabido mas não-aceito.
Na beleza de seus encantos, a história, esta senhora sempre jovem, de deliciosas convergências e linduras, nos afaga a todos, nos seduz a todos, nos leva à confusa distração do presente, nos contando contos tantos, nos embalando os olhos para o futuro que bem quisermos ou sonhamos. Ela nos embebece, nos faz ficar fora da realidade, nos enxota para o impossível que nos faz crer dentro de possibilidades. O mínimo que se espera de qualquer um alcançado por seus dotes é a paixão, um ardor brilhante que nos faz delirantes de ardoroso fragor. Por isto, ela é um convite amoroso a ela mesma, ao que tem a dizer, o que tem a inspirar, ao que tem a nos munir até mesmo, contra nós mesmos e nossas fraquezas intimidatórias.
14 de Novembro de 2010 - Pr.Jônatas David