PSICOLOGIA... Transtornos de Ansiedade

 

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE


INTRODUÇÃO 1... Ansiedade, este é grande mal do século; não ele mesmo, mas o que se tem permitido que ele seja no cotidiano das pessoas. Tem sido um grande mal-estar físico, e um grande mal estar psíquico; tem sido uma aflição, uma agonia desenfreada; tem sido um desejo veemente, tem sido um desejo impaciente. A ansiedade é um sentimento vago, sem sentido, sem motivo concreto, de medo, mas que aparece, permanece, torna-se companheira do indivíduo; torna-se um fantasma cotidiano inseparável que sempre surge para amedrontar a pessoa. A ansiedade, da mesma forma, é um sentimento desagradável, angustiante, insuportável, de medo; é como uma dor inexplicável que estremece o corpo, a lembrança, os pavores possíveis a cada um que se encontra nesta moléstia. A ansiedade, além deste apavorante medo mencionado, é um "ensurdecedor" sentimento de apreensão profunda, algo como uma grande inquietação interior que gera receios e fobias inexplicáveis, sem nenhum sentido palpável. Uma característica da Ansiedade é a tensão, como algo que está para romper-se de tão ofegante; algo que está para explodir por seu caráter fragilizado, enfraquecido, não tendo mais nenhuma condição de suportar. A ansiedade é notada e vivida intensamente por sua magnitude em produzir um desconforto íntimo, agonizante em nível elevado ao que um ser humano possa suportar; um desalento em grau último, um desconsolo amargurante. A ansiedade, com tudo isto, na verdade, quando realmente pode ser considerada como tal, é derivada de uma antecipação de qualquer espécie de perigo, de qualquer espécie de sofrimento já experimentado e por demais evitado, por qualquer motivo. Assim sendo, pode-se afirmar que a ansiedade neste quilate verificado, é um pavor por algo desconhecido que, necessariamente, não tem como se crer que deverá acontecer. O que é pior, para quem está na ansiedade, trata-se de um medo descabido, até mesmo, por algo estranho, nunca vivido, não conhecido, mas que já é capaz, nesta pessoa, de provocar este sofrimento mental, com tudo para se tornar psicossomático e até fatal. (continua) 

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1. Allen AJ, Leonard H, Swedo SE. Current knowledge of medications for the treatment of childhood anxiety disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1995;34:976-86.        
2. Swedo SE, Leonard HL, Allen AJ. New developments in childhood affective and anxiety disorders. Curr Probl Pediatr 1994;24:12-38.         
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INTRODUÇÃO 2... Em se tratando de transtornos, de ansiedade, quando se trata de crianças, há um ver mais específico, mais aprimorado, compreendendo que, em muito, se diferenciam de outras fases de desenvolvimento, na vida. Nelas, pela infância, o desenvolvimento emocional, numa generalização muito propícia e confirmada, influi sobre as causas que, geralmente, provocam a existência e notabilidade dos medos na vivência das pessoas. Também, nesta fase da vida, normalmente, em sua grande maioria de experiências vivenciais, o desenvolvimento verificado influi, diretamente na maneira, também, como se manifestam os tais medos que podem advir numa ou noutra circunstância. Assim, como não haveria de ser diferente, a partir destes aspectos mencionados, as preocupações normais das relações envolvidas, são também, próprias à idade, ao desenvolvimento psicológico que está acontecendo diante dos olhos de qualquer criança. Sem dúvida, como resultado de todas estas ventilações ordinárias, maciças e determinantes, como parte do próprio desenvolver infantil, grande é a influência sintomática sobre os quadros patológicos que venham ocorrer, mesmo que com muito menos incidência que em qualquer outra fase da vida. Diferentemente dos adultos, em muitas anuências vivenciais, as crianças tem seu próprio jeito de estar diante de suas ansiedades, e, até, seus próprios jeitos para superá-las, para não fazê-las determinantes ao seus cotidianos. Muitas vezes, elas, até, podem não reconhecer seus medos, podem não compreender tais medos como adverso, aos moldes de outras pessoas em outros momentos de seus desenvolvimentos psicológicos. Em seus jeitos particulares infantis, elas costumam não entender exageros, como os adultos ao redor, ante os medos que lhes surgem, ou mesmo, que lhe ameacem; o que pode não ser muito bem compreendido pelos adultos ao redor que tenderão ver na experiência dos infantis, a força que experimenta quando em seus momentos de temores. É perfeitamente natural perceber que crianças não vêem irracionalidades nas suas experiências se medo, o que encarrega a inexistência das angustiantes ansiedades, ou pelo menos, existindo, num nível muito menor que a verificada pelos mais crescidos. Se isto é uma realidade em crianças maiores, melhor pode ser notado nas crianças ainda menores.
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2.Swedo SE, Leonard HL, Allen AJ. New developments in childhood affective and anxiety disorders. Curr Probl Pediatr 1994;24:12-38.
3.Bernstein GA, Borchardt CM, Perwien AR. Anxiety disorders in children and adolescents: a review of the past 10 years. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1996;35:1110-9.    
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INTRODUÇÃO 3... A ansiedade e o medo, como vilões muito comprometidos com muitos transtornos presentes em nossos tempos, muito presentes em muitos dos sintomas verificados no dia-a-dia de muitos precisos de atenção psicológica, devem ser, sempre, alvo de redobrada atenção tantos dos sofridos com eles, quanto dos que estão por perto vivenciando tais tormentos. No entanto, precisam, todos, estarem compreendidos, que tais sintomas só passam a ser reconhecidos e considerados enfaticamente, como patológicos, doentios, nocivos, objeto desta redobrada atenção numa circunstância essencial à observação pessoal ou alheia. É necessário, categoricamente, que a ansiedade verificada, bem como o medo vivido, quando surgirem e se manterem, devendo ser comuns a outros momentos, devam ser entendidos como exagerados, além da proporção comum, tanto para a pessoa vítima, quanto a outras em seu meio. Assim, é que se afirma também, que tais sintomas devam ser desproporcionais em relação ao estímulo, acima do esperado, diante do motivo que ocorre na preocupação de uma pessoa; uma resposta exagerada de ansiedade ou medo perante uma situação provocante. Outro aspecto, que também se denota o verdadeiro teor de um transtorno, é quando a reação pode ser vista, entendida, como qualitativamente diversa daquela que seria a corriqueira. Nesta observação, no anseio de qualificar o que seja o verdadeiro transtorno a partir destes dois vilões, é a maturidade que se pode notar nos envolvidos, cada faixa etária, de uma forma técnica-didática nesta observação, apresente um comportamento apropriado, uma reação ideal ao nível de seu desenvolvimento, e cada uma destas fases têm uma maneira singular de vivenciar o estímulo em questão. Assim, sendo um transtorno, repedindo sempre esta mesma reação desproporcional, é natural que haja profunda interferência na qualidade de vida dos protagonistas, envolvendo, até, outros que lhe estejam mais ou menos perto; é afetado completamente no estilo de vida. Assim também, é transtorno, deve ser visto desta forma, quando estes dois sintomas passam a prejudicar o conforto emocional, quando há mudanças no que antes eram reações emotivas corriqueiras para alegrias ou tristezas, para o que eram ansiedades e medos saudáveis. Outro fator para se compreender a entrada de uma pessoa no que se pode compreender como transtorno, as mudanças no desempenho diário do indivíduo em sua família, trabalho ou outros afazeres. Então, podemos afirmar que só deve haver preocupações diante da evidente presença destes dois vilões, quando notadamente, a pessoa e, ou, seus amigos e familiares perceberem tais mudanças no comportamento e os exageros nas reações aos motivos estressantes. Mas, para afastar muitos sustos e policiamentos particulares ou coletivos, vale informar que estas tais reações que podemos entender como exageradas em alguém, ou em nós mesmos, diante dos muitos estímulos ansiogênicos que a de muitas formas nos chegam, a todo momento, se desenvolvem, tomam corpo e vertiginação, de forma mais comum, mais corriqueira, em indivíduos com uma predisposição tendenciosa de espécie neurobiológica herdada, isso diminui muito e muito os números que possamos imaginar, que nos inclua ou que envolva os que sempre nos rodeiam.
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1.Allen AJ, Leonard H, Swedo SE. Current knowledge of medications for the treatment of childhood anxiety disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1995;34:976-86.
4. Hirshfeld DR, Rosenbaum JF, Fredman SJ, Kagan J. The neurobiology of childhood anxiety disorders. In: Charney DS, Nestler EJ, Bunney BS, editors. Neurobiology of mental illness. New York: Oxford University Press; 1999. p. 823-38.
5. Rosen JB, Schilkin J. From normal fear to pathological anxiety. Psychol Rev 1998;105:325-50.
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INTRODUÇÃO 4... Sabendo que há diferenças entre os entendimentos sobre o que sejam as variedades da ansiedade, uma maneira prática precisa pode ser o caminho a ser buscado para identificar estas diferenças; nós vamos tentar fazer isto nos estudos e pesquisas que faremos nesta série. Há de se identificar que haja uma diferença entre a ansiedade saudável, normal, salvadora, propulsora, que, no cotidiano, acomete todo ser humano ante algo que lhe surja como ameaça em qualquer que seja o nível a se apresentar. Por outro lado, há de identificar, também, a diferença da ansiedade doentia, fraquejante, maléfica, nada saudável, que se verifique na vida de alguém; esta patologia, que muitas vezes confunde com aquela natural ao ser vivo, exige uma atenção redobrada, pois é capaz de promover enfermidades de muitos gêneros na vida de suas vítimas. Esta maneira prática essencial parte de uma avaliação cuidadosa, simples, e eficaz, capaz de revelar o verdadeiro teor por trás da ansiedade ou medo mostrado em si mesmo ou em pessoas próximas do que, realmente se trata tal fenômeno muito particular a cada pessoa. Nesta avaliação, deve-se observar se a reação ansiosa é de curta duração, se ela é espontânea em algum momento específico, ou se é algo prolongado, quase permanente, independente da gravidade das circunstâncias que venham ocorrer. Outro aspecto prático, dentro desta observação feita, é se a tal reação ansiosa é "autolimitada", circunscrita especificamente ao motivo surgido, qualquer que seja ele, ou se vai além disto, como que ilimitada, fora dos limítrofes razoáveis à importância do fato motivacional. Ainda, outro aspecto a ser observado, é se a reação notada está relacionada ao estímulo do momento, se está calçada nos eventos presentes, ou se não é assim, ligado a eventos passados-marcantes ou futuros-incertos, ou, até mesmo, eventos não existentes ou não possíveis de existir. A observação a todos estes aspectos deve ser o mais maduro que for, da parte da vítima ou de um terceiro; muitas vezes a ansiedade deixa de existir no momento que esta avaliação é feita, ou depois que se percebe a inexistência de qualquer perigo, ou se houver, não pode ser considerado "fim do mundo".
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6.CASTILLO, Ana Regina GL; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, Fernando R  and  MANFRO, Gisele G. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2 [cited  2016-09-09], pp.20-23. Available from: . ISSN 1516-4446.  http:/ /dx.doi.org/10.1590/S15 16-44462000000600006.
7.Organização Mundial da Saúde (OMS). CID-10 – Classificação Internacional
de Doenças, décima versão. Genebra: Organização Mundial
da Saúde; 1992.
3.Strauss CC, Last CG. Social and simple phobias in children. J Anxiety Disord 1993;1:141-52. 
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INTRODUÇÃO 5... Os transtornos ansiosos, patologias que têm atormentado muitas pessoas, até mesmo muito próximas a todos nós, pessoas que, muitas vezes, são alvo de nossos preconceitos e julgamentos precipitados, alvos, até, de nossas distâncias e perseguições, são considerados, pela Psicologia, como quadros clínicos caóticos e destrutivos, prejudiciais aos portadores vitimados, e, também, de todos que estão ligados a tais pessoas pelos vários tipos de laços vivenciais. São sintomas mais vivos e evidentes, o medo inexplicável, e a ansiedade desproporcional ao motivo apresentado; são sintomas que determinam comportamentos prejudiciais, relacionamentos afetados, momentos circunstanciais transtornados de muitas maneiras. Há unanimidade em afirmar que tanto este tal medo, quanto esta tal ansiedade se notabilizam, nestas pessoas, como demonstrações primárias de que estão vivendo graves transtornos, e que, assim, estão carente de muita atenção profissional; são condições palpáveis às próprias vítimas e, melhor ainda, aos que são frequentes ao contato interpessoal com este indivíduo. Nesta faixa de afirmação, fica claro que não se trata de sintomas derivados de outros fatores sintomáticos, não são consequência de outras marcas de transtornados; ao se instalarem, já é assertivo que a pessoa está entrando ou desenvolvendo qualquer dos transtornos ansiosos, muitos já bem conhecidos e identificados. É importante mencionar, nesta série de estudos, e a esta altura, sobre outras condições psiquiátricas que podem produzir estes sintomas, o que pode levar a uma confusão, para quem, sem muito aprofundamento, seja observador de alguém que apresente tais mostras. As variedades de depressão são algumas destas condições, porém outros sintomas facilitam o entendimento do fato de que não se trate de uma delas, embora não descarte necessariamente que se esteja iniciando um processo que venha culminar em uma delas. Psicoses são outras condições que participam dos causadores dos tais medos e ansiedades discutidos neste estudo, mas, da mesma forma, marcas claras a estas patologias, definem que os nossos acometidos, com estes sintomas mencionados, estão isentos destas gravidades. Assim, também, estão outros causadores psíquicos que denotaremos mais à frente, em nosso estudo.
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8.TORRES, Albina Rodrigues  and  CREPALDI, André Luiz. Sobre o transtorno de pânico e a hipocondria: uma revisão. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2002, vol.24, n.3 [cited  2016-09-10], pp.144-151. Available from: . ISSN 1516-4446.  http: //dx.doi.org/ 10.1590/S1516-44462002000300009.
9. Starcevic V, Fallon S, Uhlenhuth EH, Pathak D. Generalized anxiety disorder, worries about illness, and hypochondriacal and beliefs. Psychother Psychosom 1994;61:93-9. 
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INTRODUÇÃO 6... Também, neste início de pesquisa, cabe fazer outras interessantes observações sobre sintomas ansiosos, isto que estamos analisando e que não é, somente dos transtornos já conhecidos e tratados na Psicologia; há alguns itens que devemos vislumbrar a esta altura de nossa conversa. Quando mencionamos "Sintomas Ansiosos" estamos muito fora dos conceitos declarados como os dos transtornos propriamente ditos, as patologias assim conhecidas e alvo de nossa atenção nesta série de estudos, os quais desenvolveremos com mais profundidade num breve futuro. Estes sintomas ditos são muitíssimos frequentes, muito comuns em nós mesmos e nas muitas pessoas que estão sempre conosco por onde estivermos; fazem parte da vida, e, em grande parte das vezes é o que nos mantém vivos, alertas, atentos ao presente e futuro, aos vários tipos de perigos que nos circundam a todo momento. Notificamos também, que eles estão presentes em outros tantos transtornos psiquiátricos, e assim, exige que tenhamos muita cautela e conhecimento para que possamos identificar e diagnosticar corretamente a informação que estão nos dando, como sintoma. É uma ansiedade, deve ser vista e tratada devidamente como tal, como sintoma, não pode ser negligenciada, deve exigir de nós, a devida atenção quanto à gravidade simples ou não, que está demonstrando, até quando for concluída como inocente, leve e natural. Ela, quando própria a outros transtornos psíquicos, se explica pelos sintomas do transtorno primário, aquele que ao se instalar, naturalmente vai gerar este tipo de ansiedade, como uma das consequências que em si mesma, codificará o tal transtorno, promovendo mais ansiedade e outras conseqüências mais. Por exemplo, a ansiedade do início do surto esquizofrênico, um dos sinais marcantes para que os vitimados identifiquem o status de sua patologia a cada momento, bem como os seus cuidadores cotidianos. Outro exemplo desta ansiedade é o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior se apresentando como um sintoma ansioso que deve exigir a melhor compreensão e a devida atenção, mas que não se trata do transtorno, em si, de Ansiedade que estamos perseguindo em nossa pesquisa. Existem a todo momento, e pelos mais variados motivos, e patologias outras, mas, estas ansiedades, não se constituem num conjunto de sintomas do verdadeiro transtorno ansioso típico, o que produz muita confusão nas averiguações de quem estiver menos avisado a este respeito. Há marcas mais eloquentes que iremos ver para identificar cada caso, e fugirmos destas dificuldades que, muitas vezes, prejudica a melhor atenção que precisa-se dar a uma e outra pessoa, a um e outro caso, até mesmo, facilitando as pessoas a se identificarem com uma ou outra patologia.
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10.CASTILLO, Ana Regina GL; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, Fernando R  and  MANFRO, Gisele G. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2 [cited  2016-09-13], pp.20-23. 
11. . Strauss CC, Last CG. Social and simple phobias in children. J Anxiety Disord 1993;1:141-52.