Diótrefes de ódio que se sente vítima

Diótrefes, gente de ódio sem perdão, dores ambulantes de magoar quem quer que seja. Gente maligna que atua em função de si mesmo, com os mais funestos desejos de alimentarem-se de suas fantasias perversas. Ofendem, desconfiam, amarguram, difamam, criam tudo possível ao desprezo alheio, capazes de pagar qualquer prejuízo que justifique a infelicidade dos não-seus, e ainda assim esperam qualquer humilhante pedido de desculpas de suas vítimas. Tudo os ofendem, até a espera deste pedido formal e público que acreditam serem, no mínimo, merecedores. São o ódio em pessoa, uma coisa ruim personificada que entendem ser anjos por estarem fazendo e sofrendo tudo em nome de Deus, com apoio de Deus, sob a bênção de Deus. São fantasmas de si mesmos, alimentados por estas mentiras que defendem, entre si, e aos outros, serem a mais real e pura verdade. Fisionomias doentes, de odores maquiavélicos, de sabores controvertidos.

Diótrefes é inferno, gente infeliz, ardorosos por fazer outros infelizes; usam gente contra gente, provocam desunião e rancores, se interessam por tudo que seja do mal. Vivem de serem vivos, vivem de serem mortos, oscilam entre uma ou outra maneira para guerrear o coração dos seus e dos não-seus. A igreja sofre com eles, por existirem na pregação de que outros são o pior que a igreja possa ter. São a escória, a translúcida façanha do ruim que gosta de povoar o bom na famigerada deformação do que gostam para mostrar o ruim, mesmo que não esteja incluída na verdade do momento que querem.

20 de Dezembro de 2010 - Pr.Jônatas David