Passou-se o tempo em que a filosofia era o amar-estudo de verdades, o refletir na busca de encontrar respostas reais, concretas, plausíveis para realidades que careciam de entendimento. Passou-se o tempo que homens se debruçavam sob incógnitas, as mais naturais que houvesse, para trazer, delas, conhecimento que as fizessem aceitas e harmonizadas com o mundo que os rodeavam. Passou-se o tempo, e está bem longe, em que mentes sadias rebuscavam em si, no que viam ou tocavam, saberes quase científicos para o que teimavam dizer não serem sobrenaturais como os comuns conseguiam ver em seus cotidianos. É, já passou-se muito e muito tempo, mais longe do que nossas vistas conseguem vislumbrar no passado, o dessecamento poético dos fenômenos inexplicáveis, pelos argumentos mais convincentes possíveis aos olhos nus dos humanos; vão muito longe, estes tempos gregos, romanos, árabes e europeus, inícios benévolos das ciências que hoje fazem uma filosofia mais experimental, mais comprovada, muito mais verdadeira e universal.
Este amor-estudo de verdades, não é mais aquele do passado, não é mais o pensar pesquisador e reflexivo dos tempos antigos, não é mais feito de homens-embriões, não é mais formalizado por estes homens inexistentes. A filosofia destes tempos hodiernos se baseia, tão somente, em refletir, não o que mais está diante de si, mas do como cada evento foi entendido, estudado, melhor explicado pela filosofia ancestral. Filósofos hoje não pensam, ou não precisam mais pensar; não pesquisam ou não precisam mais pesquisar; não respondem ou não precisam mais responder. Os amantes do saber, hoje, são profundos conhecedores do que fizeram, como fizeram e pra que fizeram, os amantes de então. Na verdade, hoje, filósofos reais, não são os assim considerados, estes são, apenas, especialistas em História, historiadores; os reais amantes do saber são os amantes das ciências; estes são os filósofos do nosso tempo; são os Sócrates, Platões e Aristóteles de nossa busca humana, pelas respostas de tudo que está diante de nossos olhos.
02 de Novembro de 2010 - Pr.Jônatas David