Afirmar, o que se disse e que se observa em meio às circunstâncias de cada momento registrado, no passado, presente e futuro, de que a história se repete, como já fez em outras vezes, é a verdade mais evidente que se pode notar nas realidades de cada momento. Afirmar que, como se disse e é notório a cada olho nú a denotar, nada se cria, mas tudo se copia, é outra verdade, a mesma, que não se pode esquecer de real. Todas as histórias, de todos os povos, de todos os tempos, são as mesmas, e muitas vezes, ao contrário do que se espera, até com personagens e adereços iguais ou, se muito for, similares em seus nomes, feitos, vivências ou heroísmos. Qualquer leve comparação de um ou outro fato, de um ou outro relato, de um ou outro histórico, aparecerá uma mesma matriz, uma mesma façanha, ou até, um mesmo objetivo. Na verdade, o homem é o mesmo em qualquer tempo, em qualquer circunstância, em qualquer situação, em qualquer desejo, em qualquer maluquice a que for obrigado a ser e viver, no seu mundo interior ou exterior. Mesmo nos tempos em que as histórias aconteciam e eram registradas em separado, independentes, ocidente e oriente, norte ou sul, estas mesmas faces se fizeram evidenciar nos relatos de cada canto, nas derrocadas de cada relato triunfalista de seus mandantes, ou dos seus admiradores.
Na beleza da história está a repetência, o anseio espiritual, filosofal, existencial de fazer heróis e de fazê-los mais heróis, homens e mulheres modelais, parâmetros vivos de bravura, competência, comprometimento e doçura humilde. Na beleza das nossas histórias estão as mesmas repetições, o nosso anseio intrínseco e extrínseco, vivencial de fazer-nos heróis, descobrirmos nossos heróis, homens e mulheres imitáveis, exemplos vivos de loucuras, congruências, arrebatamentos e branduras que intimidem. Na beleza de todas as histórias, são estas a famosas e contundentes atualizações dos passados admirados, para um futuro admirador.
4 deNovembro de 2010 - Pr.Jônatas David
