Que música amiga a história sempre nos conta? Música que sabe fascinar, que sabe arvorar o passado de forma a colorir o presente e desenhar nitidamente o futuro? Sempre é o canto composto pelas belas testemunhas de cada então. Olhando, sabendo, ouvindo, registram e passam adiante suas tais composições empíricas e amantes. Elas rodam o mundo, elas enfrentam as mais diversas oposições, os mais temíveis castelos de desonras, elas atravessam o tempo e as circunstâncias e com seus ropões de fantasias, de mitos ou de mentiras encomendadas, chegam até nós e trazem o ardor do seu momento, o favor do seu encantamento, o calor de seu benéfico endeusamento do ocorrido. A música cantada pela história é contagiante, conta detalhes até quando estes não estão contados, canta os motivos de cada feito até quando estes não estão cantados. A música da história é deliberada, definida, sabe exatamente por que, para que, e tudo que se sucumbe entre estas duas coisas. A música histórica é notória, muito simplória, cheia de fustigante e solar harmonia.
Testemunhas, Escribas e as infinidades de Menestréis que ousaram, e ainda teimam, a contar e cantar tudo que a história registra em seus anáis, são os artistas essenciais, necessários, que surgem e se perpetuam ao fazerem o mundo ser uma história sem fim; são os encantadores mágicos que fazem com que os dias da humanidade sejam cheios de significados, brilhantes luzes, faróis incandescentes que inspiram novas músicas compostas para as próximas gerações.
25 de Dezembro de 2010 - Pr.Jônatas David