Questionar é viver, é ter vida e desejar vivê-la; é abraçar este dom magnífico que o Senhor nos deu e, todos os dias, nos tem dado em doses cada vez mais significantes ao seu amor e misericórdia. Questionar é um universo, é o próprio universo, é um berço encantado de fascinantes descobertas, que nos faz sempre mais efervessidos com a vida e tudo e todos que a contém. As crianças questionam, não só para saborear a existência que estão tendo diante dos olhos, mas para ensinar a todos o que é viver, o que é descobrir-se nas descobertas que faz a cada momento. Não se trata de só saber, mas de entender como interagir com o que se sabe, e com, principalmente, o objeto sabido. Quem questiona vive mais, até por que precisa cobrar mais tempo a si mesmo, nas descobertas que ainda não fez, que ainda tem fazer. Quem questiona vive mais, até por que somos seres sociais, precisamos de gente, o tempo todo, e o questionar nos leva a pessoas, ou nos faz atraentes a elas. Quem questiona vive mais pois já é mais que certo que informação é poder, poder é vida em todos os sentidos.
A grande questão no fazer questionamentos, é, portanto, o que, o quando, o quem e o como; são fundamentais também para esta arte vívida, o por que, e o para que. Definidas estas questões primárias sobre o questionar, chega o grande momento do fazer, do desfrutar da gostosura da arte. Nunca deve haver qualquer constrangimento, pois, "perguntar não ofende"; em momento algum deve-se ter sentimento de culpa para o questionador, principalmente quando estiver diante de uma verdade, pois haja o que houver, ela sempre será verdade, nenhuma pergunta o fará desvanecida em seu conteúdo. Eis, então, o belo do questionar, numa mais profunda objevidade do seu fazer, a indagação traz a tona a riqueza inefável do que a verdade, nua e crua, é em seu jeito de ser.
21 de Novembro de 2010 - Pr.Jônatas David