Na realidade que se infanta, educação é muito mais do que se apronta, muito mais do que se afronta, é o educador em si, é a pessoa do mestre que, mesmo não tendo o que ser e ensinar, faz toda diferença que encanta. As muitas faces que se precisam para ser este mestre, as muitas vidas que se fazem necessárias para aprontar verdades a serem ensinadas, desvirtua o erro, o falso, mas encara o fome travessa de ver outrens a mercer do que precisam entender. Além das faces, as cores, os arco-íres, a música lenta e profunda do brilho que todas as cores promovem na voz, na expressão, pela alma e pelo coração do educador voraz de se professorar o altaneiro. Não pode haver travessuras de saber se o autor da educação é preto e branco, se sua voz não demonstra seus rostos exuberantes, seu anseio de mil cantos, seu porte extasiado e maduro de ser gente.
Abram-se as cortinas, o fermento do pouco conhecer, pois a educação, o educador, o mestre das cores, das mil faces, está para se exibir, ele precisa se mostrar, ele precisa se derramar aceso na versão e aversão ao momento da ignorância. Sua maneira de ser, de viver, de ensinar, o faz mais penetrante, mais aconchegante, mais amante da alma alheia, do coração que vagueia, da pessoa que não sabe que sabe, ou não sabe que precisa saber. É um animal feroz, de exigência atroz, que o faz, sempre, incomodado, sempre abordado por si mesmo, por sua angústia interior, um desejo superior de estar alerta a bem de outros, dos que lhe rodeiam, dos que lhe precisam, dos que, faltosos, são orgulhosos de pensarem que não pensam o que deveriam pensar sobre a educação, o educador, o mestre que age por puro amor.
30 de Novembro de 2010 - Pr.Jônatas David